Nosso grupo publicou um novo trabalho em maio deste ano, o artigo intitulado “In silico and in vivo analysis reveal impact of c-Myc tag in FMC63 scFv-CD19 protein interface and CAR-T cell efficacy” foi publicado no “Computational and Structural Biotechnology Journal”.
Ana Julia Ferreira Lima, doutoranda do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Proteínas e Soluções em Saúde (GEPeSS, Fiocruz-CE) e, Karina Lobo Hajdu, na época Mestranda do Programa de Terapia Celular e Gênica - INCA, em parceria com nosso grupo, publicaram o artigo intitulado “In silico and in vivo analysis reveal impact of c-Myc tag in FMC63 scFv-CD19 protein interface and CAR-T cell efficacy” na revista “Computational and Structural Biotechnology Journal”.
Entre os autores, estão os membros do nosso grupo: Luiza Abdo (pós-doc), Leonardo Ribeiro (pós-doc), Eduardo Mannarino (doutorando), Emmanuel Aragão (pós-doc) e, Martín Bonamino (pesquisador chefe do laboratório de Imunoterapia Celular e Gênica - INCA).
O pesquisador do GEPeSS- Fiocruz Ceará, Dr. Marcos Roberto Lourenzoni é o autor correspondente.
As autoras Karina Hajdu e Clara Andrade são alunas egressas do nosso grupo (MartinLab), com suas contribuições geradas no Programa de Terapia Celular e Gênica - INCA.
O artigo aborda a utilização de marcadores de epítopo, tais como o marcador “tag” c-Myc inserida no domínio extracelular correspondente a região do fragmento de cadeia única (scFv). Tais marcadores são úteis para detectar a expressão do receptor quimérico de antígeno (CAR), e assim identificar os linfócitos T que foram efetivamente transformados em linfócitos CAR-T.
Portanto, neste trabalho os autores conduziram uma modelagem estrutural in silico de um fragmento variável de cadeia única (scFv) anti-CD19 baseado em FMC63 (anticorpo monoclonal que se liga especificamente ao antígeno CD19) com e sem um marcador peptídico c-Myc adicionado à porção N-terminal, além de realizarem uma simulação de dinâmica molecular do scFv com o alvo CD19.
Como resultado, os autores observaram que a presença do marcador c-Myc na porção N-terminal não afetou o equilíbrio estrutural do scFv, e concedeu mais estabilidade a ele. No entanto, também foi observado que a tag pode aproximar as regiões determinantes de complementaridade (CDRs) presentes no scFv e causar impedimento estérico, potencialmente perturbando a interação com a proteína CD19.
Em seguida, os autores avaliaram in vivo células CAR-T geradas a partir de doadores humanos em um modelo de leucemia Nalm-6. As células com a tag c-Myc tiveram um pior desempenho no combate ao tumor, tanto na porção N-terminal quanto na C-terminal.
Os autores concluem que a adição de tag é um aspecto importante do design CAR e pode influenciar a função das células CAR-T, portanto, seu uso deve ser cuidadosamente considerado.
O Martinlab parabeniza todos os envolvidos na publicação, esperamos sempre avançar em nossas pesquisas e somos gratos por todas as colaborações.
Leia o artigo na íntegra: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38873646/
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